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Cada vez mais a tecnologia vem sendo incorporada às práticas educativas no Brasil, em escolas particulares essa é uma realidade mais concreta e um pouco mais antiga, porém atualmente o uso da tecnologia para fins didáticos e como ensino em si vem sendo difundido na rede pública também.
Uma pesquisa realizada pelo DataFolha em 2017 apontou que 55% dos professores de escolas públicas usam tecnologia digital na sala de aula regularmente, mas ainda lamentam a falta de infraestrutura que possibilitaria uma maior exploração tecnológica na educação.
Apesar dessa realidade a situação do Brasil quanto ao acesso à tecnologia vem melhorando nos últimos anos, de acordo com o Cetic (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação) – que conduz pesquisas para monitorar o acesso e uso de computador e internet no Brasil – 52% das escolas públicas brasileiras contavam com ao menos um monitor no laboratório de informática em 2014, já em 2018 esse número quase dobrou, 98% das escolas já possuíam ao menos um computador para uso dos alunos.
Essa expansão digital é extremamente importante para a educação, tanto que a própria BNCC (Base Nacional Comum Curricular) lista a Cultura Digital dentre as dez competências a serem desenvolvidas com os alunos para além do currículo básico escolar.
Confira as 10 competências:
1. Conhecimento;
2. Pensamento científico, crítico e criativo;
3. Repertório cultural;
4. Comunicação;
5. Cultura digital;
6. Trabalho e projeto de vida;
7. Argumentação;
8. Autoconhecimento e autocuidado;
9. Empatia e cooperação;
10. Responsabilidade e cidadania;
No que diz respeito a ‘Cultura digital’ é especificado que os alunos devem ser capazes de dominar esse universo aprendendo a explorar e utilizá- lo de forma útil e ética. O mais interessante é pensar que qualquer área do ensino tradicional pode se apropriar da tecnologia e incentivar os jovens nessa jornada.
Dentre as habilidades digitais a serem desenvolvidas está incluso também o aprendizado de linguagens de programação. Apesar dessa meta, nós ainda somos o 38º país no ranking de países com melhores programadores de acordo com a empresa californiana HackerRank.
Esses dados nos mostram como apesar do desenvolvimento tecnológico, ainda estamos muito longe dos nossos objetivos, atualmente existem diversas escolas de programação com o objetivo de entregar esse conhecimento aos brasileiros, porém os valores a serem desembolsados para esse estudo geralmente são muito altos para a maior parte da população.
Felizmente temos iniciativas como a Aplitech Foundation que buscam democratizar o acesso ao conhecimento e aos poucos mudar essa realidade. Educação e tecnologia estão intimamente ligadas e como visto, está cada vez mais presente e democrático com o passar dos anos. Ainda temos um longo caminho a percorrer, mas chegaremos lá!
Fontes: Cetic, HackerRank, DataFolha, novaescola.org
Colunista da Aplitech Foundation
Bruna Marcondes
Formada em Ciências Sociais pela UFSCar, abrindo seu próprio espaço no jornalismo. Encantada pelo movimento constante da vida e pelo poder da informação.