Uma frase recorrente esse ano dita por uma deputada é que “a escola pública mata sonhos no Brasil”. É difícil encarar essa frase e assumir a realidade do país, mas realmente, quais as chances dos alunos de ensino público no Brasil?

Até o conceito de público e privado são distorcidos.
Há uma dificuldade em entender o que significa ser público no Brasil, pois de um lado escolas fundamentais altamente precárias e por outro, universidades de primeira linha. E o problema só se agrava quando paramos para analisar os jovens que frequentam tais ambientes: há uma dificuldade estrutural em concluir o ensino básico nas escolas e seguir para a universidade. Não só pela falta de recursos do primeiro ensino como também dos vestibulares altamente elitizados das nossas universidades.

Dito isso, eu entendo que a educação reflete problemas sociais, econômicos e políticos brasileiros. E mais: acredito que a educação seja um dos únicos meios de reverter esses padrões desiguais que se perpetuam pelo país desde que os portugueses pisaram por aqui.

Nós nos acolhemos em iniciativas que visam inserir e ajudar nessa transformação. E é muito importante que a sociedade civil se sinta parte daquilo que é público, daquilo que a pertence. Educação é um direito básico, e se apropriar disso é no mínimo revolucionário quando falamos de Brasil.

Não só jovens, como adultos, e todos aqueles que foram excluídos desse processo de acolhimento educacional têm o direito de usufruir de todos os recursos que podemos fornecer para essa mudança. É o meio de incluí-los e quem sabe não só refazer mas construir do zero os sonhos que se perderam.

Educação é a chance, o risco, a certeza e o caminho. Espero que possamos entender cada vez mais a importância dela e valorizarmos o máximo a inserção educacional em todos os ambientes que pudermos.


Colunista da Aplitech Foundation
“Tainá Assumpção, formada em ciências sociais, com três irmãos, acredita na comunicação e educação como revolução. Nas horas vagas tenta conciliar cultura e lazer para não perder o sono pensando em como melhorar o mundo.”

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