Muitas características no mercado de trabalho são enaltecidas como, por exemplo, profissional dedicado, eficaz, entre outros. Ao longo da minha trajetória tive a oportunidade de trabalhar com pessoas de diferentes formações, em diferentes áreas. Essa troca foi muito enriquecedora e me auxiliou a enxergar as situações por diversas óticas, quando paro para pensar nas pessoas que tive como referência o que eu encontro? Que além de excelentes profissionais, elas eram humanas.

Ser um excelente profissional, dedicado, empenhado, e trazer resultados para a empresa, é um forte indicador de produtividade, mas como essas pessoas lidam com as relações que precisam estabelecer dentro do ambiente de trabalho? Não existe certo ou errado, melhor ou pior, as pessoas são diferentes e cada uma tem a sua história e maneira de lidar com as adversidades. Até que ponto é possível desassociar as competências profissionais deste lado humano das relações?

Está se tornando mais incomum escutar histórias de que o “chefe” não soube receber a notícia tal e acabou com uma reação descabida, ou ouvir rumores de que fulano é uma pessoa explosiva e estourou na reunião quando apresentaram uma ideia contrária. Em contrapartida, também é comum ouvir,” farei isso porque é para você”, “normalmente não abro exceção, mas como é você quem está pedindo”, reforçando a importância das relações para o bom andamento do trabalho.

Cada ser humano tem a sua particularidade, mas quando você convive em sociedade, no seu ambiente de trabalho, para que o ambiente flua algumas ponderações e ajustes em como reagimos a determinadas situações são necessárias. Tive uma líder que falava que acreditava que todos que acordavam cedo para trabalhar tinham algum propósito, às vezes poderiam se perder dentro dele, mas que as pessoas são bem intencionadas e apenas precisavam ser bem conduzidas.

Quando pergunto para as pessoas mais próximas quais foram os líderes que mais marcaram positivamente a sua trajetória é comum aparecer traços de pessoas humanas,  que souberam escutar, entender e desenvolvê-los. Não necessariamente você precisa querer estender a relação de trabalho para fora deste ambiente, mas uma preocupação genuína em como as pessoas estão pode ser um grande diferencial, porque antes de serem funcionários, são pessoas que possuem famílias e diversos problemas.

A palavra empatia tem sido muito utilizada, que significa você se colocar no lugar do outro. Há uma certa resistência por parte de alguns que preferem o pensamento “todo mundo tem problema” e optam por não se envolverem. A gentileza nunca ofendeu ninguém, e nem a educação, logo, penso que se a preocupação com o outro não é genuína, ela pode apenas então fazer parte das normas de etiqueta no ambiente corporativo.

Finalizo este texto deixando um convite, no próximo e-mail, telefonema, interação que você tiver, tente se preocupar com o outro de forma genuína, que o Oi, tudo bem? Não saia no automático, sem efetivamente ter interesse pela resposta que será obtida.

Colunista da Aplitech Foundation

Auhana Nardini – “Educação é a arma mais poderosa que podemos utilizar pra mudar o mundo”. Mestre em Hospitalidade, Especialista em Gestão de Pessoas e Negócios, Bacharel em Hotelaria. busco auxiliar as pessoas a se desenvolverem através da educação.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *