Em meio a uma crise de saúde gerada pela pandemia do COVID-19, a necessidade de isolamento social se viu necessária pela maioria dos países. O mundo parou. E sim, estamos parados no setor industrial, comercial, econômico e não ficou de fora o setor educacional. Com as escolas fechadas e o Enem previsto ainda para este ano, a discussão sobre o ensino a distância ganhou espaço nos principais meios de comunicação. Instituições educacionais, professores, mestres, doutores, correram contra o tempo para disponibilizar suas aulas em ambiente EAD.
É nesse cenário que se inicia a discussão da desigualdade de acesso à educação em tempos de ensino a distância. Além da desigualdade de capital financeiro entre instituições de ensino, olhamos para a disparidade da classe social de alunos de todo o Brasil. Onde poucos têm muito e muitos tem pouco, o Brasil compõem a lista de países com maior desigualdade social no mundo. Se em dias atuais o ensino em modalidade EAD está contribuindo para a desigualdade no acesso educacional, o Ensino a distância possui um histórico não muito conhecido de cooperação ao combate contra desigualdade social. A modalidade EAD surgiu no ano de 1728 em Boston nos Estados Unidos, e teve sua inauguração no Brasil por volta de 1904 com um curso de datilografia, realizado através de correspondência e oferecido por um jornal local no Rio de Janeiro. Passou por instrumentos de correspondência, rádio, material impresso, televisão e, posteriormente, internet.
Foi na década de 1960 e 1970 que o EAD se juntou a iniciativas de projetos educacionais que visaram a inclusão de adultos através do letramento e acesso à educação. Posteriormente tornou-se possível a realização do ensino médio e cursos superiores através da educação a distância, tendo sua regulamentação estabelecidas de acordo com o MEC. Com um custo de investimento financeiro menor do que um curso presencial, o curso a distância beneficia a inclusão de quem não pode pagar por uma educação particular 100% presencial. Além disso, traz a possibilidade de conciliar trabalho, família e outros compromissos com o estudo, pois permite a realização independente do local onde o estudante se encontra.Pesquisas apontam que o ensino a distância ainda é pior que o ensino presencial, demonstrando o longo período que a modalidade de ensino precisa percorrer para obter melhores resultados.
Colunista da Aplitech Foundation
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Síntique Carvalho
Sou estudante de graduação em Direito. Gosto de tudo um pouco. Acredito que existe beleza em todas as coisas e que uma vida significativa é em colaboração e amor ao próximo.
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