O ramo da educação passou e passa por muitas mudanças, seja na estrutura, métodos de ensino, grades e até mesmo na questão de influenciar os comportamentos, visões culturais e entre outros. Porém algumas instituições de ensino, vão além das grade estrutural, procuram ter um diferencial, onde os alunos entram em contato com plantas, flores e até mesmo os pets.

Os animais, vem ganhando espaço não apenas em escolas, mas também em tratamentos médicos, visitas em hospitais, asilos, orfanatos, escolas militares e até mesmo em ambiente de trabalho. Segundo algumas instituições de ensino, esse método é adotado como ferramenta pedagógica e estimula o respeito ao meio ambiente, desenvolve o senso de responsabilidade e até mesmo na adoção de hábitos alimentares mais saudáveis. Na fazendinha da escola infantil Arara Azul, em Brasília -DF (ESCOLA AZUL), de acordo com o jornal Correio Braziliense, as crianças têm contato com pôneis, mini vacas (qual eles mesmos tiram leite delas), pavão, jabuti, galinhas e também da arara- azul (mascote do local).

Michelli Domingos, coordenadora pedagógica da escola, em uma entrevista cedida ao jornal Correio Braziliense, alega que as crianças passam a ver a natureza de uma maneira diferente, além livro. “ A criança passa a estabelecer o respeito, na relação entre homem x animal. O cuidar da natureza só se inicia quando o aluno convive com isso.” Diz, Michelli.

Já a neuropsicóloga e especialista em terapia cognitiva, Renata Fernandes, acredita que esse tipo de atividade traz benefícios para os pequenos, seja na questão de autoestima, quanto em assumir mais responsabilidades. “ Além de estimular a fala, estabelece vínculos terapêuticos e fortalece também o desenvolvimento sensorial.” Afirma, Renata.

A escola, La Salles Águas Claras, (Brasília- DF), também tem uma fazendinha (La salles), lá os alunos, fazem visitas semanalmente e ainda tem contato com os animais como os coelhos, porcos, avestruz e ovelhas. Segundo o supervisor e agropecuário, Pedro Eloi Welter, as crianças preferem os coelhos, por serem menores e mais afetuosos. “ Todos amam, os orelhudos, porque são mais carinhosos e fáceis de se adaptar.” Explica, Welter.

Daniela Mauricio de Almeida, coordenadora da instituição do ensino infantil, alega, que o contato entre as crianças e os animais, elas (as crianças) passam a entender que fazem parte da biodiversidade e aprende a necessidade de preservação. “ Toda semana, eles têm esse contato, mas antes das visitas, eles também aprendem nas salas de aula a teoria, para estarem mais preparados para esse contato, e eles aprendem muito rápido.” Relata, Daniela. No Colégio PM (do grupo Cruz Azul), existe o Projeto Pet do Colégio PM

(CRUZ AZUL COLEGIO), Unidade Vila Talarico – São Paulo, os animais vão ao ambiente escolar (disponíveis para cuidados e interações em horário de intervalo), para interagirem com as crianças. A iniciativa, começou em 2017, antes com apenas dois aquários, um de água doce e outro de água salgada, com o tempo o projeto ganhou notoriedade, e moradores da região, doou ao projeto, hamsters, esquilo da magnólia, porquinho da índia e coelhos. E para o projeto interdisciplinar, foram comprados gafanhotos, larvas de besouros e baratas mexicanas.

Os animais também participam das atividades pedagógicas, com conteúdos pertinentes e eventualmente visitam os alunos da educação infantil e do período integral.

* Curiosidade: O projeto, também dá a oportunidade de adoção consciente dos animais, mediante ao comprometimento do cuidado adequado a cada Pet, considerando seus hábitos e necessidades. Graças a esse projeto, 20 animais de pequeno porte, foram adotados, sendo 11 acolhidos por alunos e ex-alunos, 7 por colaboradores (inclusive terceirizados) e dois pela comunidade em torno.

Segundo o trabalho de conclusão de curso de (EDUCERE), Ana Laura Diniz Furlan; Flávia Roberta Amend Gabardo e Marta Luciene Fischer o autor Molento Broom, 2004 , novos paradigmas éticos demandam a promoção e o bem-estar dos animais que são mantidos em cativeiro sob a tutela de um humano, tais como animais de experimentação, expostos em zoológicos, de produção, entretenimento e companhia.

Os animais para finalidade didática, tanto em universidades quanto em escolas, tem por objetivo proporcionar ao aluno o conhecimento da biologia, ao demonstrar o funcionamento do corpo, e o conhecimento de caracteres morfológicos.

Atualmente, a vivissecção (ato de dissecar um animal vivo para realizar estudos de anatomia-fisiológica) tem sido substituída com sucesso por métodos alternativos na maioria dos cursos superiores, sendo proibida em ensinos fundamental e médio (lei 11.794).

Portanto, a consciência ambiental deve extrapolar os conteúdos trabalhados em sala de aula, despertando no aluno se reconhecer como parte integrante da natureza (MORRIS, 1990), e consequentemente respeitando-a em todas as nuances (diferenças sutis) pelo simples fato, de todos possuírem vida (SINGER, 2004).

Não basta apenas usar o animal, seja ele de grande ou pequeno porte, apenas na inclusão de um projeto pedagógico. As instituições aqui, citada, neste artigo, visam também o bem estar do animal. Elas contam também com o manuseio correto, de cada um deles, cuidados veterinários e também um habitat onde os animais se sintam confortáveis e seguros. A fim de que não haja o maltrato.

Para saber se a instituição de ensino oferece esse tipo de serviço, peça para ver o cronograma de estudo.

Colunista Aplitech Foundation
Geane Neves 
Pós- graduanda em Comunicação em Redes Sociais, Universidade Anhembi Morumbi (UAM) .MBA em Jornalismo Empresarial e Assessoria de Imprensa, Universidade Estácio de Sá (UNESA). Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, Universidade São Marcos (USM). Paulista, apaixonada por informação.

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