A inteligência artificial é um dos mais importantes elementos da indústria 4.0. Por intermédio de seus processos, surgem produtos inovadores que trazem uma experiência personalizada de mercado. Dois grandes exemplos deste cenário são as empresas O Boticário e Tramontina, em que a primeira lançou no ano passado dois perfumes de nome “Egeo”, elaborados via inteligência artificial. As fragrâncias surgiram através de um banco de dados que mapeou as principais características da geração dos millennials no século XXI, constituindo referências para a composição das notas olfativas.

Já a Tramontina foi mais longe e em parceria com a Spotify, transformou músicas em receitas, via algoritmo por meio da ferramenta “Sabor das músicas”. Neste caso, com a ajuda de um chef de cozinha, foram atribuídos sabores (amargo, doce) para as notas musicais, traduzindo os principais hits para a mesa das pessoas.

É interessante refletir acerca destes dois casos pois o panorama atual baseia-se na experiência do usuário, de maneira que um produto não sairá mais da prateleira apenas por ser um produto. Hoje temos a interdisciplinaridade de setores industriais que se unem para compor itens inovadores, isso graças à junção de expertises profissionais que esmiúçam possibilidades e impacto posterior.

Explorar os sentidos do consumidor final é a chave do neuro-business para criar iniciativas de valor, reconfigurando a imagem do que conhecemos por mercado. O comportamento massificado da compra hoje dá espaço a leituras contemporâneas, em que o cliente deseja ocupar um lugar exclusivo na esfera social.

Pode-se dizer que em tempos de humanização, o quantitativo torna-se coadjuvante em detrimento da personalização de serviços, ou seja, as empresas que dominarem as ferramentas adequadas, adaptando-se ao avanço tecnológico e critérios orgânicos, terão suas marcas eternizadas na memória do usuário.

Colunista da Aplitech Foundation

Aline Santos – Jornalista e atual estudante de Serviço Social, percebe a escrita como ferramenta de transformação. Acredita que a evolução virá através de uma sociedade colaborativa e horizontal.

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