De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a taxa de desemprego no Brasil para março-abril-maio de 2020 – o último dado divulgado – está em 12,9% (o que representa um valor de doze milhões e setecentas mil pessoas desocupadas, ou seja, sem renda), no entanto, ainda é um valor melhor se comparado a taxa de 13,7% do trimestre terminado em março de 2017.

Por outro lado, quando é a analisado o tempo médio para esse trabalhador voltar ao mercado de trabalho, constata-se que de 2015 até 2018 esse tempo aumentou. Saltou de 24 semanas em 2015 para 47 em 2018, um aumento de quase 100%. Aumento esse em virtude, também, da quantidade de desalentados (Aqueles que desistem de procurar emprego) mas principalmente de um mercado de trabalho cada vez mais exigente que visa mão de obra qualificada e atualizada, o que consequentemente, acaba por tornar os processos seletivos mais lentos. Quando é analisado a escolaridade dos indivíduos, o resultado evidência que aqueles sem instrução demoram em média 13,9 meses para conseguir se recolocar no mercado de trabalho e aqueles que tem fundamental, médio e superior, demoram, respectivamente, 13,1 , 14,7 e 16,8 meses. (Dados divulgados pela consultoria iDados)

Ainda, de acordo com Pesquisa feita pela fundação Dom Cabral – FDC – com cerca de 201 empresas,para 48% delas uma formação básica profissional deficitária é o principal entrave na hora de encontrar um bom profissional e que para 41% a falta de experiência também é um entrave para a contratação. Esse último dado reforça dados divulgados pelo IBGE de que os mais jovens – que muitas das vezes não têm ou se têm, tem pouca experiência profissional- são um dos grupos que tem mais dificuldade em conseguir emprego e que quanto menos qualificado, ou seja, quanto menor a formação profissional e anos de estudos, maior a taxa de desemprego.

Enfim, ter uma qualificação profissional é um fator importante para conseguir se inserir no mercado de trabalho, no entanto, apresentar apenas uma formação profissional, não significa necessariamente um emprego automático. É Preciso analisar a qualidade oferecida dessa qualificação,  atualizar-se permanentemente, e ter em mente que muitas das vezes, mesmo que demore sua relocação, ela irá chegar, uma vez que você já está um passo à frente de muitos outros candidatos, pois com certeza, profissionais bons, qualificados de maneira correta, são aqueles que as empresas estão buscando em processos seletivos que serão, cada vez mais, rigorosos.

Colunista Aplitech Foundation

Mateus Saraiva – Engenheiro civil, especializado em logística empresarial e cursando pós graduação lato sensu em Businnes Inteligence pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.”Você não precisa ser melhor, o mais rápido, nem o mais esperto, você só precisa dar o melhor de si.”

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